Entrevista: Autopsya
Desde já o Som Brutalquer agradecer a disponibilidade para esta pequena entrevista.
SB: A formação da banda remota ao ano de 2006. Podem contar como aconteceu o nascimento da banda?
FR: Aconteceu de uma forma natural , eu(Fernando Rosa) e o nosso primeiro guitarrista (Sandro Cadete) vínhamos de umoutro projeto e decidimos que iríamos começar algo novo. Através de um anúnciona net encontramos o baterista (Tiago Matias) e convidamos um amigo (Ivo Silva)para o baixo.
SB: Até chegar ao ponto de hoje, muito teve que acontecer. Querem contar como foi o vosso percurso?
FR: Com a formação original lançamos apenasuma demo intitulada “DemoRise”, tocamos muito ao vivo para amadurecer a banda.Depois durante a fase de composição do nosso primeiro álbum “Thrash Metal Army”acabamos por substituir o baixista original. Juntou-se a nós João Castro para aposição de baixista. Depois de alguns percalços com editoras e consequentementecom formação acabamos por lançar o álbum por conta própria. Mais tardejuntou-se a nós André Costa no baixo e finalmente este ano lançamos o nossomais recente EP “Beer Maniacs”
SB: Como definem o vosso som e o porquê deste ser o seu som eleito pela banda?
FR: Os gostos/influências principais da banda sempre andaram em volta do Thrash Metal e Punk cantado em português, sempre ouvimos muito bandas como Sepultura, Pantera , Metallica ,Ratos de Porão , Censurados, Crise Total e Mata-Ratos. Definimos o nosso som como Thrash Metal com muita influência do Punk cantado em Português.
SB: O vosso ultimo trabalho o EP “Beer Maniacs” tem como tema base a Beer, querem contar a história deste EP?
FR: Ao longo dos anossempre houve uma relação entre a nossa música e a cerveja, sempre gostamos debeber umas nos concertos, prova disso é uma música que incluímos na nossaprimeira gravação intitulado “Hino da Cerveja” que foi sempre uma das músicasem que o público mais interagia. As primeiras músicas começaram a surgirfalando do assunto então a certo pronto pensamos “porque não fazer um Ep apenassobre isso?”
SB: Quais são para vocês as diferenças na evolução do vosso som em relação aos trabalhos “DemoRise!!!” (2007) e “Thrash Metal Army” (2013)?
FR: Basicamente tudo(risos) A DemoRise foi gravada meio que á pressa por nós mesmos na nossa salade ensaio , já o “Thrash Metal Army” fizemos toda a pré-produção na sala deensaio e depois fomos para um estúdio de gravação para gravar. Acredito quehouve também um evolução natural em termos técnicos.
SB: Falando dos elementos da Banda, ainda sentem que tem aquele bichinho para continuar por muito e bom tempo?
FR: Li uma vez uma frase do Lemmy dosMotörhead que dizia algo parecido com isto: “se pensas que estás muito velhopara o rock, então é porque estás”. Não queremos ficar velhos então nãopensamos em parar, consigo nos imaginar com 80 anos e a tocar Thrash Metal poraí (risos)
SB: Sendo que o Fernando está maioritariamente noutro país acham que isso influencia a vossa paixão pelo projeto e na construção dos temas?
FR: Hoje felizmente temos tecnologia que nos dá condições para ser possível fazê-lo, a composição é feita por trocas de riffs no WhatsApp, quando gravamos temos o cuidado de gravar versões backing track para todos poderem ensaiar em casa. Estranhamente a banda tem crescido mais assim do que quando vivíamos todos no mesmo país.
SB: Como tem sentido a aceitação por parte do publico do vosso trabalho?
FR: Tem sido muito bom, hoje vivemos dias em que é mais fácil chegar a outras partes do mundo com anossa música ,principalmente no estrangeiro a aceitação tem estado a ser muitoboa, temos acesso aos números por exemplo do Spotify e temos pessoas que ouvemAutopsya um pouco por todo o mundo. Eu estar a viver em Inglaterra também temajudado muito, o mercado para o metal aqui é maior e mais justo. Hoje tocamosmais no estrangeiro que em Portugal.
SB: O que acham que num futuro próximo vai mais influenciar as vendas dos trabalhos, será o streaming ou continuarão a apostar em CD´S?
FR: Acho que o que influencia mais as vendasdos trabalhos são a qualidade e a promoção. Hoje a oferta é grande e há que sedestacar para que as pessoas escolham ouvir a nossa banda ao invés de outra.Não acredito que o Cd vá morrer pelo menos nos próximos anos, ao vivo o Cdainda é uma boa forma para as bandas para fazer algum income, no entanto nãoserá mais o income principal. Acho que hoje o streaming já tomou conta.
SB: Como estão e espetáculos ao vivo? Vai ser uma aposta da Banda? Tem datas que possam adiantar.
FR: Principalmente depois do lançamento do Ep têm surgido vários convites mas infelizmente não podemos fazê-los todos. Pela distância que vivemos acaba por ficar mais difícil de conciliar datas e voos. No entanto temos para Novembro 3 datas em Inglaterra e País de Gales
Entrevista exclusiva do Som Brutal a Fernando Rosa membro fundador dos Autopsya